Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
Carlos
Drummond de Andrade
Com
muito amor damos por aberto o blog da página Poesia Brasileira, aqui, junto com
os nossos colaboradores, esperamos levar até você muita poesia brasileira,
manifestada através de todas as linguagens.
Até
o dia 12 de junho o nosso tema é o amor, em todas as suas formas, o amor que
aconteceu, o que não aconteceu, o amor que acabou, o eternos amor. O amor, seja como for, é o amor.
Esse
espaço também é aberto para você, comente, compartilhe, envie notícias,
informações, estudos, ensaios, artigos, músicas, pinturas, curiosidades, enfim,
o blog é nosso.
Fiquem
com o antológico Soneto de Fidelidade, acredito que um dos poemas de amor mais
lembrado em nosso País.
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius
de Moraes
Somos poemas pulsantes, pulsares tonteantes, somos poemas retumbantes, pulsares alegrantes, somos poemas infinitos, nos momentos mais bonitos...poemas, poemas, poemas, quer dilema? Encontrarás poema!
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